segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"FREU EXPLICA"

Sou, simplesmente eu sou.
Queria não ser e não queria sentir assim.
Mas, também não sou e também deixo de sentir.
E não deixo de ser, eu sou assim.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

“PUBLICADO”

Os efeitos adquiridos por frases feitas, para serem sentidas, não são os mesmos daquelas sensações que foram realmente vividas.
O passo a passo da lição é pulado quando sinto que adquiri um ensinamento por outro relatado, para burlar o sofrer, mas a magoa que fica, ou que passa, é o que faz a gente crescer.

A dor de quem sentiu fez expandir o horizonte que se abriu defronte e mastigou o saber, desse jeito a informação pela metade que eu recebo não desenvolve e nem acrescenta nada a estrada a qual tenho que percorrer.

“BOLETIM DE OCORRÊNCIA”

Nossa vida juntos se converteu em um confuso caso de amor, entre tantas idas e vindas nossas brigas tinham mesmo que acabar em muita dor.
Não me venha com ameaças, dizer que me mata, você é a desgraça na qual um dia meu coração gostou.
Não adianta você repetir que seu ódio é uma defesa, mesmo que você prometa mudar sua maneira os palavrões que você disse vão me acompanhar até a velhice e foram suficientes pra eu não te dar mais valor.
Toda vez que você toma um porre, ou até mesmo só um gole, você resolve descontar seu rancor no meu corpo sofredor. A minha cara já marcada ficou antes registrada no B.O, que foi anotado como desinteligência de amor.
Não me venha com ameaças, dizer que me mata, você é a desgraça na qual um dia meu coração gostou.
Agora, largue essa faca isso não faz parte de uma farsa, um dia você já prestou. Vá, desmonte essa cena, ainda está em tempo. Você não tem pena, de quem tanto já apanhou?
Hoje, esse sangue que escorre é uma prova da minha falta de sorte, e da sua falta de respeito, pra se defender você vem com uma resenha de ser vítima de um esquema no qual eu aprontei pra você .

“MEU MEDO”

A cada bobagem feita você me rejeita.
A culpa é minha eu sei, o motivo é que perco a cabeça.
O seu silêncio atravessa o quarto e ecoa o vazio.
A possível indiferença se transforma na sentença a qual terei de pagar sozinho.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

“UM TIPO SÓ”

Tem tipo que diz que quer só pra poder acercar e se gabar, quando conhece logo se esquece do motivo pelo qual foi se aproximar.
Tem tipo que faz a prece pede tudo que lhe interessa e recebe aquilo que desejou, depois não dá valor e joga fora tudo o que ganhou. 
Tem tipo que finge gostar só pra se aproveitar de uma situação que lhe convém, essa pessoa vai brincar com os sentimentos de outro ser, que acreditará por um tempo que foi amado também.
Tem tipo que acha que sabe quem é, inventa ter outra vida acredita na mentira e leva seus dias na má fé, mas, o que ele e os outros tipos não sabem é que eles não passam de uns Manés.

“CEGUEIRA”

Não vejo nada, o jogo do poder arquitetado para alienar o sentido das coisas e dominar o saber.
Não enxergo nada, as relações baseadas no interesse, no status e na hipocrisia de querer parecer.
Não assisto nada, os valores errados que são transmitidos pela cultura e tele manipulações direcionadas à massa.
Não avisto nada, pessoas escravizadas ao sistema por uma biografia repleta de consumos e mais nada.
Não observo nada, se estivesse testemunhado algo teria que reagir contra a vida subordinada, a covardia, contra a apologia à violência e a comodidade de um povo preso entre as grades dos suas próprias casas.

“AMIGO IMAGINÁRIO”

Emoções imaginadas para um personagem inventado podem ser confundidas com as dores que trago. As palavras, nas quais arrebatam, possuem a força substancial para penetrar na alma e transformá-la se necessária.
O choro insistente ao qual se traduz é o significado da dor daquele que sente, ou é um sentimento no qual a gente deduz.
Os momentos conflitantes, dessa figura inconstante, às vezes se misturam com as coisas que já senti antes.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

“FOLIA MASCARADA”

A sensualidade da carne vestida em pequenos trajes,
a polpa exposta para ver se alguém gosta.
A vulgaridade permitida,
são coisas de uma cultura totalmente desguarnecida de pudor.
Que prematura as barrigas das adolescentes,
as quais não têm estrutura e que confundem sexo com amor.

“AS BOAS NOVAS”

Hoje, estou carente de boas notícias, carente simplesmente de uma palavra amiga, e sou assim, não adianta fingir, sou dependente de gente.
Quanto mais eu rezo mais assombração aparece pra testar as minhas convicções. Quanto mais eu me esqueço de combater 
mais fico indefeso e sem saber me defender. Quanto mais eu me iludo com tudo fico cada vez mais parecido com todo mundo e me perco da direção.
Hoje, estou carecido de afeto, do resto eu dou um jeito, preciso ouvir que todos no mundo têm problemas e que ninguém é perfeito, hoje, eu tenho parar esse descompasso das batidas no meu peito.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

“TÍPICO”

Essa sua forma de agir desperta uma chama ardente existente dentro de mim, alimenta meus pensamentos impuros e exorciza a carência a qual eu nunca quis.
Desse seu encanto que me fascina, do seu charme do seu carisma, eu não sei me defender, meu desejo me alucina vivo só para o prazer.
Esse seu jeito de olhar despindo toda a minha carne deixa minha boca cheia de vontade e, ao mesmo tempo, seca pra ceder.
Dessa rede que você jogou eu sou o peixe o qual pescou e agora vai ter que cuidar de mim, não precisa experiência é só ter paciência e se tiver que pagar alguma prenda eu pago por você.

“CARADURA"

Eu não quero modificar para ficar sério se isso não for uma vontade própria minha.
Eu quero alimentar a loucura que em mim perdura.
Eu não quero arquitetar um plano no qual eleja alguém para ser meu dono.
Eu quero nutrir meu cérebro com questões ligadas aos mistérios dos quais chegam a me impressionar.
Eu não quero levar a vida nesse sentido fingir ser o que não sou, e forjar sentir o que não sinto.
Eu quero fazer palhaçadas e tropeçar na calçada, eu quero passar por todos os micos como sou uma pessoa desavergonhada.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

“EQUÍVOCOS”

O erro persistente o qual se faz presente em muita gente não modifica a forma de enxergar o mundo por causa das influências contidas nas feridas da vida.
O perigo constante de fazer igual ao já feito dantes abala a estrutura de uma maturidade prematura, na qual foi obrigada a assumir outra postura.
O desacerto nas atitudes e as reações em cadeia destroem só uma parte dessa imensa teia, que não pode ser burlada se você descer na parada errada. Siga adiante mesmo se for pra ser tudo como era antes.

“A PUTARIA MANTIDA”

As sacanagens contidas na memoria do DNA, 
a libertinagem ensinada nas cartas de D. Pedro para a Marquesa amada, 
ou nas histórias do velho mundo pelo Marquês de Sade relatadas, 
é a pura fantasia da liberdade, do gozo estampado no rosto, sem culpa na consciência, 
não existe esse tipo de pecado e não há nenhum problema, 
assumindo todas as possíveis taras e as prováveis consequências,
ficando todo molhado e desejando repetir a cena. 
Na verdade não importa qual vai ser o jeito, na frente, atrás, 
o importante é gozar e gozar mais, 
um gozo em forma de dilúvio, 
isso parece óbvio, 
mas falo sério, só assim seu parceiro vai voar pelos ares
e o sexo vai deixar de ser tratado como a causa de modernos distúrbios.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

“MANIFESTAÇÃO”

Eu escrevo para expressar os lampejos que brotam a qualquer hora, 
mas, ajo fora do compasso e não faço segredo, nem vítimas.
Reinvento outra vida, 
sinto dores que não são minhas e se são já nem lembrava que as tinha, 
orgulho-me disso.
Sou carente de beijos e abraços dos amigos. 
Dou a cara à tapa sem medo da bordoada, 
na qual vai deixar marcada toda a ideologia que há em mim.
Vai ficar a marca da minha luta a favor dos indefesos 
que pagam a conta sem se darem conta, 
enquanto fulanos bancam os bonzinhos, 
aqueles que tiram sonhos de infâncias 
enchendo suas bocas com os doces que eram das crianças.

“SINTO MUITO”

Não me responsabilize pelo seu amor passional e nem pela rebeldia que sinto.
Sinto que sou normal.
Não venha me culpar de se apaixonar e babar pelo chão, essa disfunção de escumar, eu não tenho, e eu não sinto.
Sinto que sou normal.
Não tire conclusões precipitadas, você só conhece meu lado superficial, o meu desejo por prazer, você não sabe por dentro como eu sinto.
Sinto que sou normal.
Não diga que eu não posso falar que agora vou nessa, o mundo conspira pra ser a hora certa, sua paranoia não abre espaços para conversas e já matou o que sinto.
Sinto que sou normal.
Não faça movimentos bruscos, você age eu reajo junto com palavras, nas quais podem te agredir e você vai chorar, eu só vou poder dizer que sinto muito, o caso de amor entre nós dois já nasceu programado para o desconjunto.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

“HELP”

A ampulheta do tempo não alivia meu sentimento, não alivia a imensidão de uma escuridão na qual não cessa nem com a chegada de uma nova alvorada, que não cessa nem com a chegada da brisa que leva os pensamentos que não prestam. 
Grito por socorro, e ninguém me ouve. Um S.O.S em letras garrafais é dispensado por serem consideradas palavras banais, meus berros repetidos de pedidos de ajuda só chegam às pessoas que são surdas.
A ventania na qual espalha os sonhos nos tira de o lugar cômodo e arrepia toda a alma, revela a falta de disciplina e os dias de agonia marcados pela mesmice indesejada, eu quero uma máquina que me faça voltar para o início da estrada, eu queria voltar no tempo para resguardar alguns momentos, para mudar o rumo dos acontecimentos.


"MENDICANTE"

Sou filho do acaso, a vítima de uma raiva canalizada de maneira errada. O descaso sem sorte, sempre a beira da morte, a parte esquecida na esquina da vida, um lunático de sonhos virtuais e com sofrimento real. Eu pobre tolo, sei de tudo e não encontro em lugar nenhum algum consolo, de destino arruinado pelo desvio que tive que pegar a força sem antes ser consultado, dono da fantasia de ser artista pelo menos por um dia, retirada da cultura imposta e explorada.
Sobrevivente do mundo do vencedor e do fracassado, no qual as chances que tive para ganhar só davam para me transformar em um famoso palhaço, mas não deu. Hoje, vivem me tratando como capacho, onde limpam os saltos altos e baixos na minha face, cortando como navalha na carne e expondo a dor do abandono revelada através da magoa guardada.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

“A ESTRADA”

O caminho certo a ser seguido não é pré-estabelecido, 
à medida que os passos são dados às vontades volúveis aparecem, 
as coisas acontecem e na hora realizamos os nossos anseios ilícitos,
na hora executamos os nossos desejos permitidos, 
o que simula ser uma viela às vezes é uma via em linha quase reta, 
com poucos declínios.
Os vocabulários das redes sociais não expressão o que sinto, 
não sei se minha relação passional 
com todas as coisas que me cercam pode ser considerada amor real, 
mas, meu paradeiro atual não é um labirinto, 
o que eu sei é que as pessoas falam da minha tendência para as polêmicas, 
da minha propensão para o mal pessoal, 
às mesmas inclinações das quais me fazem expandir a intuição e quebrar as regras 
do comportamento moral, enquanto, 
eu só consigo ver o mau no preconceito ao diferente ou em levar uma vida banal.
O meu destino esbarra nos tramites que vão se abrindo e que me obriga a segui-los, 
as coisas acontecem sem que eu tenha muito controle do que foi admitido, 
o trilho no qual foi selecionado para ser contínuo nem sempre é o que se deveria ter o seu início percorrido, 
o que pode parecer ser um atalho às vezes se transforma em uma trilha que vai dar em um abismo.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

“CINZAS E CAPUZ”

A fumaça mantida bate e estampa as feridas, cria divisas, mergulha no inconsciente, abre a mente e transporta ao interior, transforma tempestade em solução, age de forma contida como uma janela do tempo, para frente e para trás, para cima e para baixo numa gangorra quase fugaz.
A face mostrada de uma verdade forjada insiste, existe e transita na biografia, exercida pela necessidade de ir e voltar renascida, para simular opulência, para pingar gotas de pertinência, para pertencer à irmandade e não pagar a sentença.
As bagas dos cigarros não devem servir de alvo para sua guerra dissimulante, que faz vítimas a todo instante, mas, sem peso na consciência e levando em consideração que tudo isso é apenas uma pura consequência, que perdura nas alças dos caixões.
Desculpa esfarrapada de uma história mal contada, das mentiras bem guardadas que vêm à tona quando as máscaras caem e as carapuças são vestidas expondo as hipocrisias da vida, revelando mentes travestidas de seres coerentes, que não usam de artifícios para mudar o ambiente.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

“PRANTO”

É esse reflexo que nos toca e dói, converte-se em água se transformando em uma mistura doce e ao mesmo tempo salgada.
Reflexo dos sentimentos que são despertados por motivos impróprios ou adequados, não é possível estabelecer um padrão, sensações impertinentes que deixa louca muita gente, que não tem limites, que não tem palpites e que não querem se entregar.
Faço do limão a limonada, das minhas lágrimas, eu faço a travessia a nado por um oceano dantes navegado.

“A VIDA QUE SONHEI”

Quero transformar meu espanto em saber,
quero filosofar sobre as possibilidades de ser.
Quero fazer da minha consciência à salvação para minha penitência,
quero arcar com todas as consequências.
Quero conter a tristeza e valorizar a alegria,
quero a vida do jeito que sonhei um dia .

"ADAPTAÇÃO”

Preciso de um tempo para me adaptar, eu tenho que ver as coisas em outro prisma e fazer sua ausência parar de machucar.
Eu se soubesse que sua presença fosse viciar teria dosado o amor que veio pra arrebatar, foi surpresa pra mim nossa história acabar.
Passo a noite inteira tentando achar a solução para a dor que me corrói por causa da solidão, travo batalhas na madrugada burlando as batidas descompassadas do meu coração.

“INSTINTO”

A luta pela sobrevivência é dura com certeza, predadores e presas a beira da extinção, o planeta em colapso por causa da depredação.
O desmatamento que faz parte do sistema de produção, a herança do rico conquistada através do trabalho do pobre e de sua submissão.
Os semideuses que habitam a terra, também são os senhores que fazem as guerras, a estrutura da sociedade que depende da política da boa vontade.
Tudo é pura ironia, viver uma vida inteira sem rebeldia, sem ideologia, queria ser mais animal, para obedecer ao meu instinto natural.

“MEUS DIAS”

Um dia eu quis ser mais inteligente, menos incoerente, mas a ignorância que faz fraco me salva de uma verdade ordinária e sem fuga.
Outro dia eu tive companhia, porém meu hedonismo transformou a situação em estado crítico, minha mania sempre foi criar polêmicas e tenho vivido assim até esses dias.
No dia de hoje não sei o que querer da vida porque meus desejos vivem em constantes alterações, tudo que me resta é assumir a irresponsabilidade que me atestam.