sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

“DO SEU JEITO”

Você chegou e logo reconheci o amor, tua voz me enfeitiçou, teu cheiro me penetrou e não me largou mais.
Fui seduzido pelo seu jeito, pelo seu andar, meus olhos brilharam ao te encontrar.
Meus dias se encheram de alegrias, joguei fora todo o passado que eu tinha e decidi apostar em você.
Hoje quero realizar as tuas fantasias, as minhas ficam para outro dia.

“BOCA NO TRAMBONE”

Uma nova ordem mundial está surgindo com a diluição da liberdade de expressão, o povo sendo vigiado e o resultado, cada vez mais manipulado.
As alienações que criam desejos invadem nossas casas e extravia a capacidade de reação, as pessoas que querem fazer parte dessa sociedade tendem a abrir mão de suas opiniões.
Meu querer é diferente, desejo viver em uma sociedade que valorize a liberdade, vou opinar até eles me calarem, o único legado que posso deixar são as minhas convicções, essas bobagens.

“A NOVA ORDEM MUNDIAL”

Nesse escrito não há de se focar a intranquilidade dos países. 
Aqueles, que se utiliza de artifícios inventados com interesses nas riquezas naturais alheias, 
que subjugam e invadem nações destruindo suas culturas e economias.
Então vou começar com uma pergunta, o que é terrorismo?
“sistema de governar por medidas violentas”, segundo o dicionário brasileiro. 
Sua motivação varia da convicção política à ânsia pessoal de afirmação, 
mas, sempre com os mesmos resultados: mortes, destruição e mutilações. 
Como se cria um terrorista?
Em meio à pesquisa que fiz, 
sobre as variadas formas de terrorismo, 
pude perceber uma coisa em comum entre elas, a opressão sofrida. 
Então, as formas de combater o chamado terrorismo não podem ser por meio da repressão, qualquer imposição deve ser vista com cautela.
As ideias podem ser também consideradas como terrorismo, 
o terrorismo não é feito só de feridas físicas, existe também o psicológico, 
vamos abrir os olhos sejamos orientadores e não ditadores. 
Por hora, 
vou ficando com os meus pensamentos e questões sem solução: A opressão dentro e fora do país, 
à repressão como justificativa para impedir o terrorismo, 
e o terrorismo como a única forma de expressão relevante em momentos difíceis de tirania.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

“SAMPAIXÃO”

São tantos os problemas o crack tomando as ruas, 
crianças e adultos forçados a serem internados,
a cracolândia mudando de lugar e as autoridades tentando abafar. 
Enchentes que parecem profecias de um dilúvio, 
o povo jogando lixo nas ruas tudo um maior descuido.
Engarrafamentos de cenas do cinema,
a vida passando e o stress aumentando,
piora quando há situações extremas.
O abuso da farda que bota o povo pra correr na base da paulada,
e as autoridades consentindo tudo isso caladas.
Paulo que andava na avenida paulista apanhou só por ser bicha.
O nordestino, como eu, que veio aqui tentar a sorte,
além de ter uma vida de cão é discriminado e ameaçado até de morte.
Um individualismo estampado no couro,
vida volúvel sem criar intimidade um para com o outro.
Uma prepotência por saber administrar as riquezas produzidas por todo país,
mesmo precisando da mão de obra dos que não nasceram aqui.
É São Paulo,
juntando tudo isso que acabei de escrever ninguém vai acreditar
quando disser que mesmo com tudo isso,
eu aprendi a amar você.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

“GUERRA JUSTIFICADA”

Tenho gosto de ver nossos guerreiros lutarem contra o poder. Não baixarem as cabeças, não importando o que lhes vá acontecer. Essa é uma batalha justificada, em prol das pessoas que já não têm nada e ainda assim continuam sendo roubadas.
Não é rebeldia simplesmente pela rebeldia sem causa aparente, de punk contra metaleiro, de roqueiros contra sertanejos, é uma revolta canalizada para nos tirar de uma cilada armada.
É uma guerra por direitos, daqueles que o povo só ouviu falar a respeito. É o grito entalado, que quando sair vai soar pelos quatros cantos: “Nós não somos retardados”.
 

“APOLÍTICO”

A tirania imposta por de baixo da minha porta não só me deixa com medo,
como também deixa a minha boca selada e morta.
Quero despertar em mim a vontade de ir pra rua lutar,
mas não vai dar,
agora é a hora de mais um capitulo da novela das nove que vai começar.
A capacidade de reagir sumiu,
e talvez não volte mais são esses os resultados parciais,
a solução para minha covardia será ficar num canto observando as vítimas do dia.
Penso que sou fraco,
as coisas acontecem e eu inerte parado no tempo e no espaço,
sou tão acomodado que deixo os políticos empurrarem o que quiser no meu rabo.

“FUÇANDO VOCÊ”

Tento transformar as lembranças de você em algo fácil de esquecer.
Sei que não marquei a sua vida e a ferida é só minha.
As redes sociais falam de você o tempo todo, e essas imagens que vejo estão me deixando doido.
Meus sonhos com você viraram pesadelos, pois nunca estamos juntos e esse é o meu desespero.
Não vejo interesse de sua parte em descobrir meus novos segredos, enquanto eu já dei uma espiada no seu facebook inteiro.

“FALANDO POR FALAR”

Eu sou carente não vou negar, eu escrevo para vocês curtirem e não me gabar.
Invento sentimentos, pego personagens emprestados, algumas vezes revelo minhas dores e assim deixo o meu legado.
Das guerras vividas eu crio tormentos, tento falar para muitos, mas só eu me entendo.
Quero a vida vista pela cartomante no tarô, nela eu não estou nem ai pra quem não me notou.
Eu sou carente não vou negar, eu escrevo para vocês curtirem e não me gabar.

"MÁSCARAS PARA USAR”

Tento me adaptar a usar máscaras e não me incomodar, todos procuram disfarces para se socializar, e eu querendo me livrar da carapuça que só faz me sufocar.
No mundo das aparências o importante é aparentar, vivemos atrás de riquezas materiais e alienações que só existem para nos desnortear.
Não adianta gritar, espernear, pois, lançaram-me “O Complexo de Cassandra” e ninguém vai acreditar.
Eu tenho que usar máscaras sem me incomodar.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

“A VERDADE IMUTÁVEL”

 A notícia chega e logo dela faço a minha receita.
Uma comunicação que se torna de uma única mão.
Percebo que não adianta se achar detentor da informação, pois ela só chega pra gente contada por um lado dos fatos, no fim de tudo, só sabemos de uma das versões desse plano forjado.

“AUTOCRACIA”

Essa minha visão apocalíptica não me abre espaço para ver as coisas de outro prisma.
Eu quero que alguém me ensine como fugir da mediocridade, eu queria me sentir feliz todo dia sem precisar buscar isso na espiritualidade.
Essa insatisfação que trago e não tem jeito é reflexo dos tempos de tirania nos quais os cidadãos não tem nenhum direito.
Eu devo ser intoleravelmente chato, pois em alguns momentos sou tratado como invisível, ou em outros casos eu sou surrado.

domingo, 22 de janeiro de 2012

“STATUS ATUALIZADO”

A publicação do acontecimento banal se transforma em um espetáculo da vida real.
A necessidade de fazer do ato um retrato para ser admirado acaba servindo de desenho rabiscado e inevitavelmente criticado.
É a construção da superficialidade em outra realidade, a busca não por conteúdo, mas por seguidores leais em tempo real, são as novidades de um mundo sempre igual.

"A REALIMENTAÇÃO"

Esse retorno é fundamental para eu entender o nível da minha perturbação funcional, é essencial para eu descobrir o que importa entre a leitura do meu pensamento insólito e o que realmente serve para um algum propósito.
A necessidade dessa informação aumenta a minha percepção, transforma sim em não, desenvolve uma nova consciência e revela possíveis problemas da existência.
Não é por vaidade, eu busco, nas palavras, externar as minhas verdades para saber o quanto ainda preciso compreender, é para ter a capacidade de entender se o que dói em mim machuca você.

“O VÍCIO”

Do jeito que você chegou eu não tinha como fugir, meu plano antigo não está mais comigo.
Invadiu meu ser e hoje não consigo viver sem você, quando você chegou desnorteou meu saber sobre o amor e me ensinou o que é dar valor.
A tua presença preenche a ausência que um dia meu coração sentiu disfarso minha dependência por você, pois estou viciado nesse querer.


“AMORES LÍQUIDOS”

Escorre pelos dedos como a chuva que cai no telhado.
Foge-se da possibilidade de se criar represas para armazenar esse líquido cujo chamo de néctar.
Cai a chuva e tudo é água ficam aquosos meus olhos secos de lágrimas.
Amores líquidos escorrem entre as fissuras de uma estrutura mal acabada, vidas divididas, agora é cada um em uma diferente estrada.

“APARÊNCIA”

A dor de ver semelhantes se perderem em viagens constantes me faz desejar o uso de alucinantes.
Confundimos o que é essencial com o banal e no decorrer da idade a necessidade com a superficialidade, o que passa a ser o mal.
Com tantos trajetos a gente escolhe o que acha certo pra depois nos surpreender, um novo caminho outra verdade, e o que é belo continuam belo mesmo com as marcas da idade.
A caretice que impera nessa era mais que moderna da qual tem regras da idade da pedra nos transforma em quimera, simbioses do que se quer ser e do que deveras.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

“QUEBRA DE CONTRATO”

O motivo é essa impulsividade que não cessa, a insensatez regressa. A linha tênue, que de um lado não presta e que do outro me atesta.
Os sentimentos embaralhados, confusos ao que pregam ser autenticado e convencionado, num gostar e querer de clichês baratos.
Delírios de um malandro antiquado viciado em sair do estado apático, ébrio de fato, mas são na maneira de pensar e falar o que falo.
Quero para ontem. Eu quero que desmontem o jogo de cartas marcadas que não levam a nada. Numa fuga rápida, das noites vazias pela agonia dos meus atos, entre trato e destrato, peço o distrato das minhas intuições, o pato já foi pago.

“PALIATIVO”

Xô, para quebrar esse encanto que bate e quer me deixar pávido.
As aspirações alucinógenas feitas para virarem inspirações me conduzem para um lugar de conforto e longe das interferências no meu intelecto.
Sim, para as severas consequências de uma vida dividida entre a realidade e a fantasia, o mesmo serve para a anárquica criatividade que vem do meu estado alucinado.
Fuga de uma vida banal sem percepções extras sensoriais e contra a indução de uma caretice que domina um reino encantado cheio de alienados.

“BELEZA CARNAL”

O reflexo que vejo no espelho é apenas um disfarce de quem realmente sou.
A aparência que engana o que deveria ser o verdadeiro motivo do desejo é uma trama maligna da qual nunca vi ter uma longa vida.
A vaidade que nos governa não passa de ser uma mentira que quer nos seduzir de pernas abertas.
A epiderme que atrai e repudia ao mesmo tempo, mas sou escravo dela e só posso dizer que lamento.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

“OS FANTASMAS SE DIVERTEM”

Os fantasmas do passado me perseguem mesmo eu mudando de horizontes, de paisagens.
O que é isso chamado consciência? Que de vez em quando me bate na face com a realidade que um dia desprezei.
Ou mesmo, como viver sem essa percepção de que nosso limite foi ultrapassado ou que ultrapassamos o limite de outrem e podíamos ter feito diferente, poderíamos ter valorizado mais alguns que cruzaram nossas vidas.
Não importa mais, correr não vai dar, estou aqui para me penalizar e sensibilizar, eu quero pedir perdão para essas assombrações que não param de me circular e mostrar onde errei para não voltar a falhar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"NECESSIDADES DA IDADE"

Posso alegar insanidade ou dizer a verdade.
Disfarço erros e enganos escondendo meus planos.
Minto, tenho medo, mas, quero desvendar os mais ocultos segredos.
Amo sem mesmo saber amar o transtorno de viver só me faz inventar.
Não sou culpado de agir assim o motivo é a insegurança que habita dentro de mim.
A crença no amor infinito pode ser até bonita, mas difícil de ser vivida.
Reinvento novas necessiadades ao mesmo tempo em que vejo aumentar minha idade, 

percebo que minha forma de expressão está entrando em catarse.

"DEPENDENTE DA BRISA"

Já não escuto direito e esse vazio no peito me deixa calado.
Sambado de ter sofrido por problemas não físicos estou acostumado a correr do suposto perigo, que vejo a frente, ou que está ao meu lado.
Aí, vem você e ofereces tua amizade e me deixas a vontade e sugeres teus aconchegos.
Aproveito a tua bondade e encho-me de coragem para pedir-lhe um beijo.
Mas, não pense que eu não sinto quando o amor vem vindo e me deixa enrolado, fico chapado, é uma coisa tão boa, não vou querer mais ficar a toa, tenho uma tendência a ficar viciado.

"PRA JOGAR NO LIXO"

Meias verdades foram ditas e tudo gira em torno de respostas imprecisas.
As palavras deferidas já não me incomodam.
As coisas que tinham de machucar doeram em mim.
Reergui-me e saio dessa renascido, aquela pessoa que eu era está morta.
E tudo agora na minha vida tem de fazer sentido.
E as coisas que não tiverem, eu vou jogar no lixo.

"TATUAGEM NO PEITO"


Escapo de um destino previsível fazendo meu próprio caminho.
Fujo de uma morte alienada e anunciada, uma alucinada vida em vão.
Corro para longe do perigo, a razão e minha consciência levo comigo.
Desvio dos obstáculos, eu tenho uma tendência a pisar em falso.
Evito tentações inadequadas, o preço da abstinência é outra guerra travada.
Trago tudo isso dentro do peito, e é daí que tiro forças para ser um homem digno de tudo que me diz respeito.

domingo, 15 de janeiro de 2012

“UM PRA LÁ, OUTRO PRA CÁ”

Amor, você teve que ir.
Não acreditou nas promessas que fiz e em tudo que realmente sou.
Baby, você brincou de casinha, agora a dor é só minha.
Não entendeu que só se brinca quando se tem amor.
Vida vá e me deixe vagar, deixe-me sem querer voltar.
Desapareça da minha vida.
A partir de hoje é você pra lá e eu pra cá.

“PUBLICAMENTE”

Vou colocar tudo em branco e preto, 
mostrar onde houve o desencanto.
Nós só perdemos tempo. 

Caia na real, todos têm um lado bom e um lado mau.
Procurar perfeição nas minhas atitudes 

é querer enfatizar o surreal.
Minhas ações têm um pouco de loucura, 

irresponsabilidade e nenhuma moral.

“AS COISAS PRÁTICAS"

Não gosto de falar por metáforas, prefiro as coisas bem práticas. Eu vou dizer que o modelo é uma forma limitada de ver ao redor, para evitar que pensemos á sós, mas, poderia escrever que regra só serve pra dar nó.
Eu sou livre para ser feliz e sigo meu destino sabendo que ainda serei machucado, tenho dó das pessoas agredidas só por serem negros, gays ou nordestinos favelados. Sou um ser com complexos querendo me sentir completo, precisando de algo que me bote no eixo, que faça cair meu queixo, que me afaste do tédio.
O que pode conflita com o que não pode. Eu posso o que quero, eu quero o que posso, meu destino se funde ao meu propósito, vivo feliz ás vezes faço o que não gosto.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

“QUERO NÃO”

Sinto falta do olho no olho, da tua mão na minha mão.
Sinto falta da tua voz a dizer: “tudo tem solução”.
Sinto falta do teu cheiro, do meu lado é só cheiro de solidão.
Sinto falta de você esse papo virtual eu não quero mais não.

“NOVO INQUILINO”

Sobre nós não tem perdão.
Sob lágrimas quase me afoguei.
Sobrevivi à relação.
Sobernal eram meus dias.
Subjuguei à situação.
Subloquei meu coração.

"DESCRIÇÃO DA PAIXÃO"

Ela vem de jeito, invade minha alma sem calma e me deixa insano.
Os meus planos antigos caem no ostracismo e diante disso refaço meu destino.
Na sua presença se perde a decência, não se liga pra decadência e tudo acaba em forma de desejo.
Minhas mãos tremem, minha voz fica rouca, é uma força tão louca que toma conta de mim.
Bagunceira, transforma tudo que toca, na esperança de se tornar a única rota de um verdadeiro sentir.
Não tem hora pra dormir, chega sem a gente ver, uma amante sorrateira, difunde-se pelo meu corpo e se instala de qualquer maneira, não me deixa o dia inteiro.
Um preço ao qual tenho que pagar, por estar apaixonado e não conseguir pensar.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

“CONDUÇÃO”

Perco os sentidos só de pensar que um dia você estará em outros braços, um fato consumado, não sei o que fazer, mas vou dar um jeito de sobreviver.
Ligo a televisão pra ver se ela prende minha atenção, mas, você não sai do meu pensamento.
A cada cobrança pagamos à penitência em forma de sentença da projeção de perfeição, nós tínhamos esperanças que as coisas dessem certo, mas, as atitudes foram em vão.
Eu enxergo você até nas músicas que ouço e que por desgosto desligo.
E como consolo, eu me percebo mais preparado para o novo que chega trazendo um desafio, então disfarço os meus sentimentos, aproveito o momento e sigo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

“O SER SOCIAL”

Tenho que me integrar, 
não posso viver assim com essa visão apocalíptica.
Tenho que me integrar, 
antes que eu esteja sendo explorado sem nem mesmo notar.
Tenho que me integrar, 
para fugir dessa prisão de ignorância,
que a classe dominante tenta me deixar.

“É BOA?”

Já ouvi falar que a vida é bem vinda por causas das incertezas que nos rondam, e das necessidades dos acertos de contas.
Pela possibilidade de ser e o desejo de ter, pela luta de querer parecer, e pela fé em algo que possa nos proteger e que nos faça entender.
Mas, tudo depende da sua necessidade de realização, sua felicidade pode estar atrelada a um nível de ambição, ao qual caso não alcançado vira uma vida de frustração.

“SE A MESA TIVER POSTA”

Agora vou gritar para os quatros cantos até quebrar o encanto que uma bruxa pôs em mim.
Vou parar de lamentar, vou à luta sem pensar antes que seja tarde demais, ou você se arrependa.
Vou tirar as máscaras e vestir a fantasia, vou te envolver nos meus braços de noite e de dia, vou fazer você querer.
Vou me perder entre teus beijos, desejar teus aconchegos, vou fazer você gemer.
Vou tirar sua roupa, e se você der sopa, eu vou tomar você.

“A ÚLTIMA DOSE”

As pessoas procurando seus destinos no horóscopo do dia, 
a vida passando, enquanto alguém só faz que a adivinha. 
Respostas banais, para perguntas virtuais.
A nação consumista por conformação, 
o futuro há chegar como mais um produto para comprar. 
Uma velha ordem mundial voltando no tempo atual.
A gente transformando um espaço para comunicação em mais um canal para discussão,
para perpetuação da superficialidade e da alienação, 
todos conectados, mas sem se preocupar com as pessoas que estão ao lado.
Rituais e mandingas feitos por pessoas que acreditam, 
efeitos da falta de caráter, 
da bagunça e da desordem. 
Eu quero um antídoto, 
por favor, me dê uma última dose.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"O JOGO DA VIDA"

Jogo de palavras marcadas,
cartas que não dizem nada.
Previsões de apocalipse,
tudo isso me deixa triste.
Preconceitos que não acabam mais,
dúvidas de como se viver em paz.
Celebração da vulgaridade e do vazio que há em nós,
todo mundo em busca de algo que complete nossos momentos a sós.
Redes de intrigas,
forças que governam a vida,
diferenças que não são respeitadas,
pessoas que não são amadas.
Talvez eu seja um tolo atrás de algum consolo, 

talvez eu espere da vida mais que um simples conforto, 
ou talvez só me encontro cansado de tanta injustiça, 
do descaso, do despreparo e de muito choro.
Para não me frustrar no meio da estrada o jeito é aceitar que a vida é cheia de ciladas.

"ENCARCERADO"

Preso as expectativas dos outros tento me encontrar, sei que minha felicidade está no que eu desejar.
Todas as pessoas que conheço fingem se adequar, ou inventam moda só para se diferenciar.
Estou na corda bamba, meio pra lá meio pra cá, mas, juro, todo esforço que faço, entre verdades e mentiras, é só pra me libertar.

“O PROPÓSITO DA MINHA EXISTÊNCIA É SENTIR”

Quero falar de amor, talvez por pretensão de saber como ele funciona.
Quero falar de amor porque ele não tem regras, vem como mágica.
Quero falar de amor pra reconhecer esse sentimento nas outras pessoas.
Quero falar de amor pra lembrar que um dia o senti, e dizer que é um sentimento que nunca morre, ele se transforma ou adormece para um dia ser despertado.

"O NOME DA FLOR"

Fabiana deveria ser nome de flor, falo isso porque queria eternizar teu nome e tua beleza interior. A exterior seria a base, o caule. Já que isso é uma coisa difícil de acontecer vou pensar em outra coisa pra fazer. Então, talvez te faça uma canção, vou revelar o que sinto por você, do fundo do meu coração, mas fico com medo de me perder, tenho tantos sentimentos pra dizer. A ligação forte vem com a idade, como foi o que aconteceu com a nossa amizade.
Karla, menina mulher espero ter dado o recado, falar de você e não te enaltecer é um pecado, só não sei como isso vai ficar cantado, acho melhor recitar rimado. Pra finalizar agora estou procurando uma última inspiração, e a primeira coisa que veio a minha cabeça foi que sua ausência tá causando danos ao meu coração.

"A PESSOA A MINHA FRENTE"

Quem eu vejo a minha frente é mais um egoísta, acomodado e covarde, que consegue enxergar nossa escravidão ao sistema e não fala nada, no qual já percebeu que enquanto todos não tivermos dignidade e respeito mútuo, nós vamos banalizar nossas próprias vidas e as de outrem, e não faz nada.
Quero dizer, faz sim. Vejo-o preocupado como vai pagar pelo seu desejo de consumo mais recente, vejo-o interessado no placar da partida de futebol, na qual seu time querido e respeitado acima de um mundo de diferenças jogou.
Vejo também nisso tudo uma confusão de interesses permitida pelos “donos do poder”, enquanto somos educados a base de tele alienações propagandistas e tele novelísticas nos achamos no direito de invadir a privacidade e individualidade do outro, para julga-los como se fossemos detentores da verdade imutável, que nos foi ensinada, esquecendo-nos dos caminhos das influências, da necessidade de ter para ser, dos desejos naturais e dos destrato dos quais sofremos.
Volto a encarar a pessoa a minha frente, quando me dou conta, eu estou olhando no espelho.

"DEVER CUMPRIDO"

Sinto que conquistei um pouco de liberdade,
minha atitude surpreendeu sua autoridade.
Mostrei que você não é meu dono,
burlei suas regras, hoje, considero-me autônomo.
Veja, estou em busca de paz,
quero realizar meus desejos primeiro,
pois, os seus eu já cumpri demais.

“COMPLEMENTO”

Quero tua vida sem que para isso eu te invada.
Quero ser seu, sem precisar abrir mão de mim.
Quero frequentar teus sonhos só para saber como é sua ideia de paraíso.
Quero que me desejes de dentro pra fora, que meus defeitos se completem às suas virtudes e minhas virtudes aos teus defeitos.

"CONTA PAGA"

Um deserto me invade, persiste em mim apenas a saudade. E daquela paixão que senti, o desejo de um final feliz, o que restou foi à simbiose que deixaste e que insiste em me ferir, os erros que cometi ainda estão marcados, assim, como as lembranças dos momentos vividos no passado.
Cometo meus pecados mortais traçando planos banais, pago caro para ver o quanto tenho a perder, tudo passa e o novo sempre vem. As construções às vezes só servem para ser desconstruídas e a vida apesar de tudo é pra ser vivida.

“SEMELHANTE”

Completo ser, sem chão, sem parede, não sem um ter.
E a sorte de saber que na falta de poder a morte lhe vê.
Sem um perigo só, um sem teto, mas, não um sem ser.

"RIO DE LÁGRIMAS"

A dor do momento faz chorar. Vai chegar a hora de levantar e reagir.
Essas palavras não são para confortar, elas servem para criticar, que sirvam de catarse, no mais profundo mergulho dentro de si, em busca de algo que transforme a sua maneira de sentir.
A força da palavra arrebata toda a alma, e como num passe de mágica a vida se transforma em um rio, de tantas lágrimas.

“CONDENADO A UM DEJAVU”

Estou condenado a viver nas lembranças do meu passado.
Estou preso a uma armadilha da qual não consigo enxergar o que está ao lado.
Estou cansado de obedecer a regras impostas feitas pra manipular tudo a minha volta.
A rotina do cotidiano já não me satisfaz e como em um dejavu as noites são sempre iguais.

"ATEU"

Querem acabar com a minha fé pregando em nome de Deus, em meios aos escândalos.
Deixando a fé alheia de uma salvação abarrotar seus cofres podres de hipocrisias.
Estão me fazendo ateu quando desacredito, por segundos, que a ordem de tudo não tem ordem.
Então, desconfio de toda palavra dita ou escrita, dos ensinamentos passados como verdades imutáveis.
Só não posso deixar de sentir compaixão, de fazer o bem, de desejar clareza para todos os que não a tem.
E assim, sinto Deus forte dentro de mim como se fosse um trovão.
Abaixo as instituições religiosas que não agregam nada a sobrevivência de uma vida exposta a um mundo cão, e que se utilizam disso para vender a tão sonhada redenção.

“A TEORIA DO MEU CAOS”

Os sentimentos embaralhados em um turbilhão de emoções, 
que são trilhas que vão dar em um abismo de saudosismo, 
de dores existenciais e de paixões.
O desejo à vida, 

a certeza da morte, 
amores não correspondidos, 
inspirações para driblar a má sorte.
A busca da necessidade confundida com a tal felicidade, 

os valores egoístas ensinados como absolutas verdades.
As ordens para serem obedecidas, 

leis que só funcionam contra a classe desfavorecida, 
suscitando o caos na revolta dos pobres, 
pelos descasos sofridos na vida.
Uma depressão constante, 

uma boa desculpa para um alucinante, 
coragem para ser diferente e medo para seguir adiante.

“PRINCÍPIO DO PRAZER”

Não criem represas no rio que passa por dentro de mim, 
eu não sei viver castrado assim.
Deixem-me em estado natural correndo solto, 

experimentando de tudo com cuidado, 
pois, lembro que sou mortal.
Quero nadar até a nascente, 

mesmo contra a corrente, 
não é pra burlar a morte, 
mas, para achar a essência em ser gente.

“VALOR PARA AS COISAS”

Não é difícil dizer adeus, 
difícil é partir e deixar o coração partido.
É fácil fazer amizades, 

não é fácil aceitar as diferenças e a partir delas querer bem.
No caminho da vida existem bifurcações,

 impostas pelas necessidades, 
aonde temos que trilhar novas estradas
 longe de alguns aos quais amamos.
Às vezes precisamos passar por ciladas, 

encarar o novo, 
aprender com os amigos
como se tivéssemos adquirindo um novo sentido.
Nesses tempos mutantes, 

de desejos banais, 
de vidas volúveis, 
só nos resta é ter prazer em tudo. 
E assim, descobrir que tudo tem seu valor.

“UM CHEIRO PRA VOCÊ”

Uma separação não quer dizer que foi tudo em vão,
as influências mútuas persistirão, 
as cicatrizes das feridas não desaparecerão.
Transitamos nas vidas das pessoas com um intuito de ensinar

e absorver novas experiências como indivíduos, 
em uma evolutiva mutação.
Felizes serão aqueles que souberem evoluir a partir da razão, 

mas, sem deixar de valorizar o amor no coração.
Minhas amizades valem mais que dinheiro, 

e para meus amigos um recado:
Logo, logo, encho-te de cheiros.

“PROTESTO CULTURAL”

Parece que “os donos do poder” concordam, 
entre eles, 
em perpetuar o pensamento alienado da massa, 
que busca acumular bens materiais 
para serem considerados dignos pela sociedade, 
que só valoriza o consumidor em potencial.
Entretanto, 

esses dominantes recebem as informações reais
e necessárias para continuar explorando a classe dominada
através de regras e do medo da não salvação.
Claro que isso é o que eles querem manter, 

pessoas construindo riquezas 
das quais eles serão os maiores beneficiados.
Por isso, 

dependemos da cultura contemporânea popular
e das pessoas conscientes para o problema, 
para contrapor-se e não parar de reclamar.

“CONCLUSÃO”


Acredito no poder do pensamento, 
em energias que fluem através do vento.
Creio na tolerância como antídoto
 para uma vida cheia de arrogância.
Medito sobre as coisas nas quais a princípio duvido, 
e vejo nas minhas conclusões que a verdade tem dois lados.
Aceito os novos padrões da evolução social, 
a miséria do povo na página do jornal.
Julgo-me não ter nada com isso, 
o descaso faz parte da humanidade desde o início.
Suponho onde vamos parar, 

a perpetuação de alguns valores vão nos sufocar.
Mas, tenho fé que algo vai mudar, 

pois, somos sobreviventes de uma cultura criada para nos alienar.

“CLICHÊ”

Sentimentos demostrados em atitudes convencionadas, 
que não fazem sentido.
Sinais de mentiras, 

algumas verdades e histórias editadas, 
com improvisações implantadas.
Máscaras teatrais levadas ao palco da vida real, 

sem conflitos internos, 
entre o ser bom e o ser mau, 
entre o que faz bem e o que faz mal.
Formas das mais belas das paródias, 

um caso de amor entre duas vidas opostas.

“CONSTÂNCIA”

A paisagem depois da janela obscura e séria 
reflete a triste ausência tua.
À tarde, mais um por do sol na cidade, 

as lembranças me invadem, 
recordações sem fantasias de uma vida agora vazia.
Noites de insônia traduz a ociosidade e infelicidade 

que hoje me conduz e me torna ansioso, 
que me impedem de enxergar qualquer saída, 
qualquer caminho novo.
É manhã, 

e tudo que passou é reflexo de quem sou 
uma pessoa angustiada pela falta do teu amor.

“DESAMOR”

Acabou o amor nos corações partidos por desilusões de projeções de perfeição.
Acabou o amor nas pessoas que matam em nome dele, 

que se acham juízes da vida alheia.
Acabou o amor por motivo da falta de esperanças em algo melhor, 

no entendimento entre os diferentes.
Acabou o amor através do desrespeito ao próximo, 

nas vidas invadidas pela satisfação pessoal de ditar comportamentos.
Acabou o amor na rotina da sobrevivência, 

na confusa luta que é o dia-a-dia.
Acabou o amor até nas canções que ouço, 

e na voz rouca que sai do meu estado alucinado.

“A UTOPIA DO AMOR”

Já ouvi promessas de amor e fui mais um tolo que acreditou.
Descobri entre perdas e danos dar novos passos, 

seguir com outros planos.
O amor é entrega, 

é cumplicidade, 
é altruísmo, 
não é possibilidade de ganho.
A utopia do amor é sentir isso por todos os seres humanos.
Mas, 

só valorizamos as ilusões de uma projeção mal fundamentada, 
sem álibi, sem nada.

“E AGORA?”

Que sensação de orfandade.

Que gosto amargo são os dias de ociosidade.
Que cheiro de nostalgia.
Que viagem sem destino.
Que desperdício de tempo.
Que noite interminável.
Que acham de mim?
Que esperança imortal.
Que papo superficial.
Que interesses fúteis.
Que dúvidas serão esclarecidas?
Que jogo marcado.
Que vontade de ser beijado.
Que eu faço com tudo isso?

“EU QUERO SER”

Eu queria ter sido Dr. Freud 
pra entender de onde vem o medo de envelhecer, 
acabar com tabus e complexos os que são inerentes ao meu ser.
Eu queria ter sido Luterking para lutar pelo que me aflige

esquecer a dor da cor e lutar por mais amor.
Eu queria ter sido Leila Diniz 

fazer o que me der na cabeça e não baixar o nariz, 
conquistar uma liberdade de expressão, ter o mundo em minhas mãos.
Eu queria ter sido Machado de Assis, 

queria poder usar as palavras como sempre quis, 
falar do amor, 
de dor, em suma eu quero ser o Ariano Suassuna.

“L.erS.eD.er”

A viagem se expandiu.
Falo só, 

pra ter com quem conversar, 
tenho medo de me acostumar.
Trilho caminhos na contra mão 

tentando achar a direção.
Voos rasos na esperança de pousar com cuidado, 

desejos mutantes, 
vontades constantes, 
tendências saudáveis. 
Momentos que marcam minha vida.

“O DIA DE HOJE”

Hoje é seu dia deixe de lado todas as dores, tristezas e agonias.
Hoje é seu dia livre-se de seus preconceitos, viva em harmonia.
Hoje é seu dia abra sua mente seja diferente, deseje a alegria.
Hoje é seu dia faça diferença, pague a sentença e goze a vida.
Hoje é seu dia mostre que você pode seja seu guia.
Hoje é seu dia pegue o que presta e jogue fora o que não interessa.
Hoje é seu dia e o que me sobra é querer que suas realizações sejam concretizadas.
Hoje é seu dia, feliz aniversário.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

“ACABOU”

Joguei tudo fora assim que você foi embora,
para me livrar da lembrança de nós dois.
Sei que foi boa a nossa história,
mas, já era hora do nosso caso ter um fim.
Com objetivos diferentes nós nos afastamos lentamente, 
hoje, não quero mais você.
Vou dar a volta por cima, amar é minha sina, 

eu não tenho o que perder.
Agora, vou dizer sem demoras,

pois, já é chegada a hora, 
não quero mais sofrer,
eu vou te falar sem lamentos, 
já passou do tempo,
não quero mais você,
olha, basta de sofrimento,
eu vou colocar um outro amor,
no lugar que um dia foi só seu.

“A PORTA DA RUA”

Vou deixar bem claro, 
quero pedir a você que saia.
Preciso viver uma vida além da sua, 

o que sobrou pra você foi à porta da rua.
No fundo desejo que nós dois encontremos a paz, 

mas, querer uma vida com você, nunca mais.

“ATESTADO”

 Chamam-me de maluco porque me exponho ao ridículo.
 Condenam-me a termos pejorativos, pois, assumo minhas atitudes.
 Tratam-me como persona não grata quando dou minhas opiniões.
 Queixam-se da minha rebeldia, mas, como não tê-la.
 E como não ser tudo isso que me atestam se me julgam só por rótulos.

“IDENTIDADE”

Quero descobrir quem sou.
E também, as possibilidades de ser.
Quero descobrir o que me completa 

e o porquê.

domingo, 8 de janeiro de 2012

“O REINO DE BRASÍLIA E O BRASIL COLÔNIA”



É cada vez mais difícil de acreditar que nós, brasileiros, vivamos uma democracia, salvo raras exceções de alguns políticos, aos meus olhos estamos sob um regime monárquico absolutista ao mesmo tempo ditatorial parlamentar, à custa da ignorância e miséria do povo, pior, sem que tenhamos real conhecimento desses fatos. Remeto-me à idade média, em que as regras eram estabelecidas conforme os interesses dos nobres, com penas duras para os comuns que as infringissem, aliados a falta de conhecimento para o povo, na qual era necessário para perpetuar o regime. Fazendo uma louca metafora, e analogia das forças que nos governam, temos:
Uma vida imposta pelos “nobres homens” e o clero. Hoje, e sempre, fomos governados por três classes que representam os interesses da “maioria”, a classe burguesa, advinda da exploração da mão de obra braçal, que não passa pelo sufoco dos assalariados e suas privações; a classe eclesiástica conivente com tudo e que até hoje tenta sustentar sua dominação através do medo imposto aos fies; e a classe de intelectuais elitizados os que se contentam em ser parte do sistema, que se julgam superiores por terem obtido acesso às informações.
Tolos somos nós, que temos a esperança de ver os “donos do poder” caírem em ruínas, aqueles que não nos representam e legislarão em causa própria, os mesmos que depositamos à responsabilidade de um país melhor e não tínhamos ideia que eram coronéis a paisano. Repito, e acho importante dizer, existem políticos que nos representam com honra. Educação já como forma de protesto, contra nossa falta de cultura. E cabe a mim que escrevi e a você que entendeu a mensagem mudarmos o cenário, vamos orientamo-nos mutuamente, vamos lutar por dignidade.

“PONTO G”

Tesão nos pés, nas coxas, nas partes íntimas, 
só no peito, em toda pele.
Não na ordem, não na raiva e não na dor.
Mas, no corpo, nos gestos de carinho.
Numa cabeça bem informada 

e cúmplice na indignação.
É o lugar onde está minha excitação.

sábado, 7 de janeiro de 2012

“DOGMAS”

Repito não é justo. 
Fazer-nos acreditar em verdades forjadas, 
querer que sejamos obedientes as regras impostas.
Não é justo, não querer dar voz aos seus semelhantes, 
fazer-nos seres alienados querendo consumir os produtos mais caros, 
despertando um sentimento de superioridade, 
para parecermos com vocês, 
e ao mesmo tempo fazendo a gente esquecer a falta das necessidades 
básicas que outros têm na vida.
Não é justo nos iludir dizendo que nossos destinos não nos pertencem 
e que aceitar essa precária condição de vida vai nos salvar do pior, 
como se o pior não fosse esses valores de aparências que vós pregais,
que criam ambiciosos e frustrados, enquanto vós estais saciados 
das suas futilidades e superficialidades, 
à custa de vidas escravas ao sistema que lhes convém.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

“PERCEPÇÃO”

Sou fruto de uma mentira inventada por mim,
reflexo de uma história da qual não há como fugir.
Sou uma pessoa complicada tentando me descobrir,
no fundo, só sei que às vezes sou bom e em outras sou ruim.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

“CARACTERÍSTICAS”

Uma história, um mito, a verdade como ela é.
Um caminho, um destino, do jeito que der.
Uma lágrima, um sorriso, mais um dia de pé.
Um encontro, uma dúvida, venha o que vier.
Um jogo, um desejo, você sabe ser mulher.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

“TRAJETÓRIA”

Já passei por muitos enganos, 
de alguns tirei forças pra não voltar a ser leviano, 
outras vezes entrei pelo cano.
Amei as pessoas que passaram em minha vida, 

e procurei nelas algo espontâneo, 
com algumas foi um querer quase mundano.
Chorei por perdas e danos, cresci e amadureci, 

vejo isso nas feridas que vão cicatrizando.
E vi milhares como eu se recuperando, traçando novos planos, 

revivendo sensações, erros e acertos, o que é inerente ao ser humano.
Necessito fundamentar minha eufórica rebeldia com teorias, 

quero a responsabilidade da causa e do efeito.
Vou começar uma guerra, na qual acredito e aceito, 

mas, sem feridos, só pra ter a certeza de que serei ouvido no que digo.