sexta-feira, 29 de junho de 2012

“PECADOS CAPITAIS”

Inveja pecado que confesso é um dos meus,
tenho consciência disso quando ouço uma bela canção,
e fico triste pelo motivo de não ter sido eu quem a escreveu.
A ira, eu também não posso esconder,
políticos  eleitos para fazer quem tem fome comer,
esqueceram-se e só pensam no seu próprio prazer.
Luxúria eu não abro mão,
lembrar dos corpos ardentes é a minha solução,
pra recordar o amor salvador que um dia senti no meu coração.

“O RETRATO DA FACE”

O desespero não me serve de nada,
é uma força que age negativamente sem adicionar o raciocínio à causa.
O descontrole aguça uma parte que eu jurava estar extinta,
coisa que faz eu perder a crença na palavra dita ou escrita,
uma luta pessoal entre a sensatez e a maldade,
é um caso no qual transformo copo d’água em tempestade.
Essa ansiedade que me invade, penetra nos poros da minha epiderme,
refaz a estrutura já abalada de uma expressão facial bem marcada.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

“BASEADO NOS ENLATADOS”

A sociedade baseada em notícias de tabloide, a informação sensacionalista importada de uma cultura invejada, que vende a perfeita vida supérflua em forma de drama, de ação, ou até mesmo em forma de piada.
A corrupção que nos trata de forma amarga e tira a possibilidade de uma melhora de vida, que subestima nossa inteligência negando sua postura política e sua conduta de indecências.
Nossos deveres sociais abarrotam os cofres governamentais, de ambições capitais, mas, que não se refletem em retornos, transformando todos nós em um bando de tolos.
A presunção da inocência pende na balança de uma sentença que protege quem tem dinheiro e renega esse direito aos pobres indigentes, que na regra devem provar que são inocentes.
Essa civilização que valoriza a futilidade, que julga pela aparência, e como consequência que nos faz querer um consumo irreal, que tragam status, para melhor sermos tratados, como um mundo de sonhos do glamour enlatado.

“HOMENS E OVNIS”


Entre guerras inventadas, para outras nações serem beneficiadas, as sobras são as amputações das ideias e ideologias, destruídas pelas minas das manipulações que se criam no dia-a-dia.
Possibilidades de contato com vidas extraterrestres mantidas em segredo, para evitar o caos das crenças religiosas, que insistem em se tornar perpetuas, contribuindo para que a nossa ignorância continue fingindo que tem a mente aberta.
Uma humanidade que se uniria em prol de uma defesa pela invasão, se afasta cada vez mais do seu próprio irmão, pois, não se importa se ele tem o que comer ou não.
Descobertas que vão de encontro à história contada, e mesmo assim, optamos pela fé, de uma conversa fiada, a certeza que não somos o centro do universo faz refletir sobre os ensinamentos que podem ou não estar certos.

sábado, 23 de junho de 2012

“NESSAS CONDIÇÕES”

É difícil viver,
as coisas não acontecem como deveriam ser.
Da morte por inanição de cultura, de comida,
da impossibilidade de desenvolver sua própria percepção de vida.
A projeção de um futuro incerto 
depositado na sustentabilidade do homem moderno.
O mais comum é desistir,
aceitar essa condição que insiste em existir.

“A VIDA IMITA A ARTE”

Os bombardeios consecutivos zumbindo aos meus ouvidos, 
a fumaça cada vez mais densa, 
tanques reluzentes atacam pessoas inocentes.
Você corre contra o fluxo normal dos acontecimentos,
casos passados confirmam o que penso.
O que te fez lutar mesmo com a provável derrota, 
porque defender uma pessoa a qual lhe é oposta?
Atitude improvável que deveria existir desde a nossa base.
A artilharia recomeça, 
o combate é uma disputa entre a vida e a morte, 
que imita as imagens das cenas vistas nas telas da sétima arte.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

“SEU ESPELHO”

Eu queria ser mais parecido com você,
e desistir de compreender esse caminho que me faz sofrer,
partir para a vida de peito aberto exibindo todas as feridas.
Eu posso encarar o erro cometido como uma lição,
faz parte do processo aprender a partir de uma experimentação.
Eu quero ser seu espelho, 
refletir sua postura diante a vida, 
chutar a bola pra frente sem fadigas,
e parar de demostrar meu desespero e minha preguiça.

“VIDA SOCIAL”

Quero saber de onde vem o medo de não ser aceito. 
Porque mudar para agradar, agir de forma não natural, 
só para parecer igual?
Sei que faço parte de uma sociedade de intolerantes 
às diferenças do mundo real.
Tenho previsto meu futuro 
e nele em nenhum momento me vejo como tal.
Minhas duvidas não cessam 
e as respostas para elas me deixam de boca aberta.
Respostas marcadas de frustrações
pelo comportamento imposto de uma vida de submissão.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

"TEM QUE REBOLAR"

A gente chama alienação de civilização, 
confunde direitos com esmolas.
A gente perpetua uma tradição de ignorâncias,
o importante aqui é saber jogar bola.
A gente dança em cima de uma corda bamba,
e pra pagar todas nossas contas a gente rebola.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

“NA ONDA DO MOMENTO”

Cansei do politicamente correto,
para mostrar que estou atento às tendências do atual modismo.
Não quero me privar do prazer de só ser,
com todos os defeitos e vícios que alguém pode ter.
Vou fumar meu cigarro,
vou usar sacola plástica para pôr o lixo,
vou chamar o afro de meu nego,
pois, pra mim é uma forma de demostrar chamego,
e se acharem que sou um vilão não tem problema,
usarei do mesmo remédio pra criar mais um dilema,
isso é bulling, e é assim que sua hipocrisia entra em cena.

“FRIO E QUENTE”

Tô enfermo, 
meu pensamento latejante faz minha cabeça agir como nunca antes.
Esse frio que invade meu corpo baixa minha temperatura,
a essa altura congela minha mente, 
nessa sensação inconveniente do meu estado febril.
As constantes alucinações se misturam ao momento presente, 
não sei se estou consciente.
Mas, vou revelar o que tem deixado meu corpo frio e ao mesmo tempo ardente,
estou gripado.

“ANTES QUE SEJA TARDE”


O momento finito passa zumbindo ao meu ouvido,
esse instante indicado pelo verbo principal cessa, 
e sou bitolado a só ver as rugas que estampam minha testa, 
já toda marcada. 
A gente sente, mas, não percebe a importância desse sentir.
Tudo é uma questão de saber perceber o valor do sentimento, 
antes da chegada do fim.

domingo, 17 de junho de 2012

“UMA COISA OU A OUTRA”

Meu estado maniqueísta vê as coisas sob um só prisma,
a verdade contada pra mim, tem dois lados um é bom e o outro é ruim.
Por isso esqueci que o fato tem mais de uma versão,
fui subjugado a acreditar em toda tentativa de manipulação.

“PONTO FRACO”


Quero um colo que me faça sentir em casa,
um que me deixe louco e ao mesmo tempo de cara.
Dizem-me que isso não passa de uma projeção,
que meu querer é fruto de uma perfeita imaginação.
Posso sabotar minha felicidade acreditando nas maldades alheias,
a culpa não é só minha, há uma nuvem que me rodeia.
E travo uma batalha interna para continuar resistindo,
quero braços que me envolvam, aqueçam-me no inverno,
que sejam meu ponto de apoio, e de mais nenhuma pessoa.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

“NA PRÁTICA E NA TEORIA”

Na teoria, a graça da vida é sentir alegria, 
é poder vivenciar um cotidiano em harmonia, 
e ter como pagar as contas do dia-a-dia.
Na prática, é torcer para não se arrepender pelo que faz, 
e se desculpar se precisar,
é poder ter o que comer quando acordar e, 
ter que se sustentar mesmo sem nada pra se apoiar, 
é viver a vida a partir das migalhas dadas pela burguesia,
ofertada para amenizar a rebeldia.

terça-feira, 12 de junho de 2012

"AMOR E NADA MAIS"


Tentei entrar no clima, falar de amor com frases recheadas de belas rimas.
Percebi que não é tão fácil assim, para falar de forma coerente tem de se ter uma vivência,
tem de se despertar os sentidos, tem que ter sido parte dessa experiência,
que enlouquece que embriaga, que dá enjoo, mas, que nos transforma, em pessoas viciadas.

“DRAMATICIDADE REFLETIDA”

A dor da ferida estampa minha face, 
a ruga é a prova de que a vida faz sua passagem.
A pancada é sentida com a mesma força que é deferida, 
ao senti-la, faço-me de vítima.

“SE FOSSE UMA CANÇÃO DO CHICO BUARQUE”


Uso máscaras para disfarçar meus desejos, para esconder quem realmente sou.
Mas, tudo isso que digo deve soar mais bonito numa canção letrada pelo Chico, que diretamente ou não nos levaria a uma profunda reflexão.
Projeto em mim as expectativas alheias de ser um consumidor em potencial, de valorizar uma cultura manipulada, forjada para me manter alienado, e inerte aos acontecimentos, perpetuando uma só versão dos fatos.
Procuro consolidar e sintetizar meus pensamentos na filosofia de outros, estou ficando tonto e completamente louco.